segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Texto A5 - A Guerra Fria

A Guerra Fria

A disputa entre Estados Unidos e União Soviética pela liderança mundial levou as duas potências à corrida armamentista. Em 1949 a União soviética fez seu primeiro teste bem-sucedido com a bomba atômica.

Temendo o avanço tecnológico do inimigo, o governo americano estimulou a pesquisa de armas mais mortíferas. Desde então, americanos e soviéticos tentaram superar uns aos outros em tecnologia e armamentos.

A corrida armamentista levou à conquista do espaço. A União Soviética foi duplamente pioneira – com o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial, em 1957, e com a nave espacial Vostok 1, pilotada por Iuri Gagarin, o primeiro homem a viajar no espaço. Em 12 de abril de 1961, a viagem de Gagarin durou aproximadamente duas horas e completou uma volta em órbita da Terra, a pouco mais de 300 mil quilômetros de altitude. Menos de dez anos depois, em 1969, um astronauta americano pisaria na lua.

A tecnologia espacial levou à criação do ICBM, míssil balístico intercontinental que, lançado de uma base terrestre ou naval, atingia um alvo a milhares de quilômetros. Logo se inventou o míssil antibalístico, capaz de detonar um míssil inimigo antes que ele atingisse o alvo.

Bases de lançamento foram construídas nos países da OTAN e do Pacto de Varsóvia, para os mísseis americanos e soviéticos, respectivamente.

A disputa armamentista colocou o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear, capaz de destruir a humanidade. Chamou-se Guerra Fria a esse período de permanente tensão mundial (1947 a 1989), em que ocorreu uma intensa disputa econômica, diplomática e tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética pela hegemonia mundial.

Nessa guerra, uma eficiente arma para destruir o bloco rival foi a propaganda. Os países capitalistas exaltavam a liberdade de expressão, a facilidade de consumo e as oportunidades de enriquecimento oferecidas a todos. Apregoavam que no comunismo não havia liberdade e o Estado controlava tudo.

A propaganda soviética denunciava as enormes desigualdades sociais, o desemprego e a decadência moral (prostituição, drogas, pornografia etc.) do mundo capitalista. Ressaltava a superioridade do regime comunista, em que o Estado garantia emprego, educação e moradia para o cidadão.

Texto A4 - A África do Sul e o apartheid

A África do Sul e o apartheid

Após 1920, a minoria branca da África do Sul, de origem inglesa e holandesa, promulgou uma série de leis com o objetivo de consolidar o seu poder sobre a maioria negra, cerca de 70% da população. A política de segregação racial recebeu a denominação de apartheid e foi oficializada em 1948. Houve a separação radical entre brancos e negros.

A oposição ao apartheid teve início na década de 50, quando surgiu o CNA, Congresso Nacional Africano, uma organização negra que defendia a oposição pacífica ao regime de segregação.

Em 1960, o CNA foi considerado ilegal e em 1962, o seu líder, Nelson Mandela, preso e condenado à prisão perpétua.

Em 1989, com a subida do presidente Frederick de Klerk, foram tomadas as primeiras medidas efetivas para a integração do negro na sociedade sul-africana. No ano seguinte, o CNA recuperou sua legalidade e Mandela foi libertado.

Em 1992, foi realizado um plebiscito só para a população branca, com o objetivo de se conhecer sua opinião sobre as reformas. O resultado foi que 69% manifestou-se a favor do fim do apartheid.

Em 1994, realizaram-se as eleições convocadas por De Klerk, as primeiras para um governo multirracial. Nelson Mandela foi eleito presidente, pondo fim ao domínio da minoria branca. Graças à política adotada, De Klerk e Mandela ganharam o prêmio Nobel da Paz.

Texto B3 - A Revolução Norte-Americana

A Revolução Norte-Americana


As 13 colônias britânicas na América foram as primeiras a se tornar independentes no novo mundo.

Foi significativa a influência do Iluminismo no processo de libertação da América, à qual se somaram outros fatores.

As relações entre colonos e a metrópole tornaram-se críticas na segunda metade do século XVIII (18), quando a Coroa mudou a política tributária, aumentando os impostos, a fim de restabelecer-se financeiramente, por causa do alto custo da Guerra dos Sete Anos (1756-1763).

Nessa guerra, os colonos ingleses haviam ajudado a Inglaterra a conquistar possessões francesas a norte e a oeste das colônias.

Em 1764, a Inglaterra impôs a Lei do Açúcar (Sugar Act), elevando o valor dos tributos sobre o açúcar e derivados da cana que não fossem oriundos das Antilhas britânicas.

Em 1765, criou a Lei do Selo (Stamp Act), determinando que todos os documentos, jornais e livros só podiam circular se fossem selados com o timbre do governo inglês.

Os colonos reagiram invadindo casas de fiscais e queimando documentos selados em praça pública. Declararam que a Inglaterra não tinha o direito de impor sanções às colônias, já que elas não tinham representação no Parlamento inglês.

O governo inglês eliminou a Lei do Selo, mas, dois anos depois, elevou os impostos de importação sobre o chá, o papel, o vidro e as tintas.

Influenciado pela burguesia, o povo reagiu, realizando vários protestos públicos. Em um deles, três manifestantes foram mortos pelas tropas inglesas. Esse episódio é conhecido como o Massacre de Boston.

O governo inglês reagiu. Decretou, em 1774, as Leis Intoleráveis, determinando o fechamento do porto de Boston e o pagamento de uma indenização pelo chá. Houve também o reforço das tropas oficiais nas colônias.

Estava deflagrado o conflito entre os colonos e a metrópole, que acabou levando à independência das 13 colônias. A partir da decretação das Leis Intoleráveis, as 13 colônias inglesas deixaram de reivindicar apenas mudanças na política econômica da Inglaterra em relação a elas e passaram a tomar outras medidas contra as pressões da metrópole.

Texto B2 - A colonização da América do Norte.

A colonização na América do Norte


A partir do século XVII (17), além de portugueses e espanhóis, emigrantes de diversos países europeus começaram a povoar a América. Os franceses fundaram Quebec (1608) e Montreal (1642), no atual Canadá, onde exploraram o comércio de peles com os indígenas. Em 1682, ocuparam o território ao longo do Mississipi, instalando a colônia de Louisiana.

Os holandeses se fixaram no atual Suriname e em ilhas do Caribe, onde cultivaram cana-de-açúcar. Em 1626, fundaram Nova Amsterdã, perdida para os ingleses quatro décadas depois e rebatizada de Nova Iorque.

Os ingleses ocuparam a costa atlântica dos atuais Estados Unidos, onde estabeleceram as chamadas treze colônias Inglesas da América. Na primeira metade do século XVIII(18), as treze colônias desenvolveram dois tipos distintos de colonização.

No norte, os colonos eram, em sua maioria, descendentes de puritanos e de quakers que, para escapar às perseguições políticas e religiosas na Inglaterra, decidiram começar uma nova vida na América. Em pequenas propriedades rurais, praticavam uma agricultura diversificada e criavam porcos, empregando trabalhadores livres e assalariados. Ergueram escolas, oficinas, pequenas lojas e armazéns. Em suas cidades, trabalhavam advogados, médicos, professores, ferreiros, comerciantes etc. Por essas características, as colônias nortistas foram chamadas de colônias de povoamento.

Já no sul, formaram-se colônias de exploração. O clima subtropical favorecia o plantio de tabaco, arroz, algodão e anil, que foram cultivados em latifúndios monocultores escravistas. Esses produtos eram exportados para a Inglaterra e beneficiados pelas fábricas inglesas. Além de fornecedoras de matéria-prima, as colônias do sul eram, também, consumidoras dos produtos da Metrópole. Por serem mais lucrativas do que as do Norte, as colônias sulistas sofriam maior fiscalização do governo inglês, que exigia o cumprimento rigoroso do pacto colonial.

Logo surgiu o comércio entre as Treze Colônias. Navios das colônias do norte levavam madeira, cereais, roupas e tecidos para vender no sul e nas Antilhas – a preços mais baratos que os da Metrópole. Dos sulistas, as colônias do norte compravam rum, melaço, açúcar e algodão. Depois, os nortistas trocavam rum por escravos, na África, e os revendiam para os sulistas. Nesse comércio triangular lucravam os colonos e perdia a Metrópole.

Texto A3 - A descolonização da África e do Oriente Médio

A descolonização da África e do Oriente Médio


O fim da Segunda Guerra abriu uma nova fase na história das nações africanas. A vitória das democracias reforçou as críticas ao colonialismo e intensificou os movimentos de libertação. Depois de lutarem contra a tirania do nazismo, as metrópoles européias se viram acusadas de crimes semelhantes em suas colônias.

A vida miserável dos povos africanos, submetidos à exploração das empresas estrangeiras e dos proprietários de terras, favorecia a difusão do comunismo. A União Soviética estimulou os movimentos pela independência das colônias africanas, o que levou os Estados Unidos a pressionarem seus aliados para que concedessem a independência das colônias e apoiassem os grupos africanos anticomunistas.

O maior confronto entre americanos e soviéticos ocorreu no congo Belga, atual República Democrática do Congo, país rico em cobalto, ferro, potássio e diamantes. Independente em 1960, o Congo passou por uma sangrenta guerra civil, marcada por golpes e contragolpes estimulados pelas duas potências imperialistas. Em um deles, Patrice Lumumba, herói da independência do Congo e simpatizante do comunismo, foi assassinado.

Um dos principais aliados dos Estados Unidos no continente africano era a África do sul, que em 1961 se tornou totalmente independente da Grã-Bretanha. Desde 1948, o país vivia sob o regime do apartheid, política oficial de segregação racial imposta pela minoria branca contra a população negra. Graças à sua próspera economia, o país aumentou seu poderio militar e passou a exercer um imperialismo econômico sobre seus vizinhos.

O Oriente Médio foi outro centro de disputas da Guerra Fria. A criação do Estado de Israel, em 1948, deu início ao conflito entre judeus e palestinos, que se estende até o século XXI. Os árabes não aceitaram a implantação do novo Estado, cujo território era habitado pelos árabes palestinos. Unidos contra os Israelenses, Egito, Iraque, Líbano, Síria, Jordânia e Arábia Saudita – países árabes – receberam apoio militar dos soviéticos. Com armas e aviões fornecidos pelos Estados Unidos, os israelenses venceram os árabes nas guerras de 1948, 1956 e 1967, ampliando o território que lhes fora originalmente destinado pela ONU. Os palestinos continuam a lutar pela criação de um Estado próprio.

Texto A2 - A África do Sul e o apartheid

A África do Sul e o apartheid


Após 1920, a minoria branca da África do Sul, de origem inglesa e holandesa, promulgou uma série de leis com o objetivo de consolidar o seu poder sobre a maioria negra, cerca de 70% da população. A política de segregação racial recebeu a denominação de apartheid e foi oficializada em 1948. Houve a separação radical entre brancos e negros.

A oposição ao apartheid teve início na década de 50, quando surgiu o CNA, Congresso Nacional Africano, uma organização negra que defendia a oposição pacífica ao regime de segregação.

Em 1960, o CNA foi considerado ilegal e em 1962, o seu líder, Nelson Mandela, preso e condenado à prisão perpétua.

Em 1989, com a subida do presidente Frederick de Klerk, foram tomadas as primeiras medidas efetivas para a integração do negro na sociedade sul-africana. No ano seguinte, o CNA recuperou sua legalidade e Mandela foi libertado.

Em 1992, foi realizado um plebiscito só para a população branca, com o objetivo de se conhecer sua opinião sobre as reformas. O resultado foi que 69% manifestou-se a favor do fim do apartheid.

Em 1994, realizaram-se as eleições convocadas por De Klerk, as primeiras para um governo multirracial. Nelson Mandela foi eleito presidente, pondo fim ao domínio da minoria branca. Graças à política adotada, De Klerk e Mandela ganharam o prêmio Nobel da Paz.

Projeto Desafio

Projeto Desafio


O que é?

• O projeto desafio consiste na montagem semanal de um “quiz” (questionário) de 10 (dez) perguntas de múltipla escolha, onde os alunos serão testados em seus conhecimentos de história.

Como funciona?

• Na última aula da semana, o professor distribuirá gabaritos aos alunos. Neles os alunos terão 10 (dez) colunas numeradas e 4 (quatro) linhas identificadas de “A” a “D”, onde farão a marcação das respostas. Haverá um espaço próprio em cada gabarito para a inclusão dos nomes dos alunos e também das respectivas turmas. Cada gabarito deverá ser identificado pelo próprio aluno com a numeração da atividade.

• Distribuídos os gabaritos, o professor inicia a sequência de perguntas no computador, que serão exibidas em “slides”, uma a uma, no telão.

• O professor se posiciona de frente para a turma, ou no fundo da sala, afim de evitar “fraudes”.
• As questões podem ser passadas em tempo definido, tanto pela contagem do professor, quanto do programa (que possui essa função para as exibições de “slides”).
• A sugestão é de 15 segundos para a exibição das perguntas...


e mais 30 segundos para a exibição das opções de resposta (juntamente com a pergunta).


 • Encerradas as perguntas e a exibição de slides, os gabaritos serão recolhidos.

• Na sequência, o professor exibe novamente os slides, dessa vez com a resposta correta marcada.



• Tanto professor quanto alunos podem fazer a correção dos gabaritos, sendo que, para que seja feita pelos últimos, os mesmos deverão ser trocados entre os colegas.

Quais os objetivos?

• Desafiar os alunos a testar rotineiramente os conhecimentos adquiridos, avaliando-os e reavaliando-os de maneira prática, rápida e sistemática.

• Aumentar o interesse dos alunos em relação à leitura e compreensão dos textos, trazendo a eles um objetivo claro e direto.

• Substituir determinadas práticas que, embora necessárias, atrasam o processo de transmissão do conhecimento, como o “visto” aplicado nos cadernos.

• Modificar, a partir da análise das avaliações sistemáticas, a maneira como se procedem os métodos didáticos, afim de se obter resultados melhores.

Quais as ferramentas?

• Projetor (data show)

• Computador (portátil)

• Tela de projeção

• Gabaritos (cópias em papel comum)

Quais as justificativas?

Em meu trabalho como professor, pude constatar a existência de diversos problemas relacionados à forma como são educados os jovens e à maneira como eles se interessam ou desinteressam pelo aprendizado.

Inicialmente, vale salientar que em escolas públicas de periferias pobres, são mínimos os casos em que a família trabalha de maneira conjunta com a escola, sendo que a maioria dessas famílias possui as mais diversas alegações para não se comprometer com o aprendizado de seus filhos, desde a falta de conhecimento, passando por indisponibilidade, até chegarmos ao mero descaso. Outros acreditam que a maneira de se corrigir indisciplinas e desinteresses é através de atitudes ultrapassadas, como castigos físicos e psicológicos.

Tomando por base que a intervenção familiar tem se tornado mecanismo ineficiente, a escola necessita se adaptar à sua própria realidade e fazer uso de mecanismos que, se não substituem, pelo menos minimizem a ausência desses fatores externos de estímulo. Sendo assim, a motivação constante do aluno é essencial dentro da escola e é preciso encontrar meios para que isso seja feito.

O uso da conscientização é outra forma ineficaz de intervenção, uma vez que são poucos os jovens que conseguem por si só abstrair a realidade em que se encontram e almejar outra, que se constrói a partir do estudo. Existem sim os alunos que vislumbram a importância do aprendizado mas, de forma geral, não se consegue imprimir uma abstração a ponto de convencê-los que o uso do conhecimento adquirido é condição indispensável para uma melhor qualidade de vida, tanto no presente quanto no futuro.

Não descartando as propostas de intervenção acima mencionadas, mas tentando explicitar a importância em se estabelecer métodos mais efetivos de estímulo aos jovens, proponho a utilização de um mecanismo corriqueiro, mas que pode ser readaptado, tanto à nova realidade das mídias, quanto à realidade social da qual estou tratando.

Os jovens estão constantemente se desafiando, principalmente na fase da adolescência. Desafiam aos colegas, aos pais, aos professores e a si mesmos. Estão formando sua personalidade e a contestação a tudo e a todos é freqüente.

Esse projeto tem a pretensão de canalizar certa parte desse comportamento peculiar para o aprendizado, fazendo com que os alunos se empenhem em responder aos desafios, superando-se e superando os próprios colegas. Não cabe aqui a tentativa de rivalizar, ou levá-los a uma competição desarmônica. Essa competição maléfica já existe. Ela é latente e perceptível, mas ocorre ocasionalmente e sempre no intuito de diminuir os colegas, quando esses realizam avaliações e não conseguem obter notas satisfatórias. Há um nivelamento “por baixo”, tentando ser “menos ruim” que o outro. A proposta aqui é sistematizar a avaliação tornando-a formativa, como já observou o americano Michael Scriven, em 1967, em seu livro Metodologia da Avaliação. Segundo Scriven, “só com a observação sistemática o educador consegue aprimorar as atividades de classe e garantir que todos aprendam”.

Sendo assim, o primeiro passo a ser dado é o diagnóstico do aprendizado. Se ele efetivamente ocorre e qual a sua eficácia. O segundo passo é a objetividade, colocando em curto prazo a obtenção de resultados, o que atrai aos jovens, graças ao seu dinamismo. O terceiro passo é a mudança de comportamento e a quebra de paradigmas do próprio educador, que necessita estar constantemente “inovando” e renovando seu material, ao invés de cair na mesmice de procedimentos, que é comum com o passar dos anos. O quarto e mais complicado passo é fazer com que essa proposta atraia os alunos e os faça desejar a obtenção de conhecimento para vencer os desafios apresentados. O quinto e último é aproveitar-se desses instrumentos e utilizá-los também como método de ensino e não apenas de avaliação.

Aplicação

Atualmente, venho aplicando o projeto em quatro turmas, duas de nono ano e duas de oitavo ano. A introdução do questionário agrada a uma parcela significativa dos alunos, que realmente se sente desafiada e corresponde às expectativas.

Utilizando textos razoavelmente curtos, de aproximadamente uma página, sempre dentro do conteúdo da matéria em estudo, consigo com que grande parte desses alunos se empenhe na leitura do texto, fazendo com que eles mesmos se imponham uma condição de concentração e disciplina necessários.

Através desse trabalho, temos conseguido melhorar gradativamente o desempenho desses alunos, fazendo com que eles se interessem cada vez mais pelos resultados e se dediquem aos textos.